A onda quebra suas águas frias contra a areia morna e molha meus pés nus numa sintonia entre humano e natureza. De sandálias nas mãos, cabelos ao vento e braços abertos, deixo que a brisa fria traga o estupor do cheiro de liberdade que transpassa por entre meus dedos.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Sintonia
A onda quebra suas águas frias contra a areia morna e molha meus pés nus numa sintonia entre humano e natureza. De sandálias nas mãos, cabelos ao vento e braços abertos, deixo que a brisa fria traga o estupor do cheiro de liberdade que transpassa por entre meus dedos.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Um Anel para a todos governar
O contexto é complexo, Tolkien se usa de uma descrição maçante, transmitindo cada detalhe do cenário apresentado. Percebe-se o apego do autor pela natureza ao descrever os lugares, as habitações, o clima, o espaço.
Naquela região, no inverno, ninguém podia sentir saudade do verão ou da primavera. Não se podia ver qualquer defeito ou doença ou deformidade em cada uma das coisas que cresciam sobre a terra.
Em sua tão grande genialidade, Tolkien criou a linguagem élfica, em A Sociedade do Anel, Galadriel utiliza-a em seu canto:
Ai! laurie lantar lassi surinen,
yeni unotime ve ramar aldaron!
Yeni ve linte yuldar avanier
mi oromardi lisse-miruvoreva
Andune pella, Vardo tellumar
nu luini yassen tintillar i eleni
omaryo airetari-lirinen.
Si man i yulma nin enquantuva?
An si Tintalle Varda Oiolosseo
ve fanyar maryat Elentari ortane,
ar ilye tier undulave lumbule;
ar sindanoriello caita mornie
i falmalinnar imbe met ar hisie
untupa Calaciryo miri oiale.
Si vanwa na, Romello vanwa, Valimar!
Namarie! Nai hiruvalye Valimar.
Nai elye hiruva. Namarie!
— Ele é Aragorn, filho de Arathorn — disse Elrond —, e descende, através de muitas gerações, de Isildur, filho de Elendil, de Minas lthil. É o chefe dos dúnedain no Norte; poucos restam agora desse povo.
e frio seja o sono sobre a pedra daninha:
que nunca despertem de seu pétreo leito,
nunca, até a Lua morta, até o Sol desfeito.
Ao soprar o negro dos ventos os astros vão morrer,
e eles sobre o ouro ainda irão jazer,
até que o lorde escuro sua mão soerga
sobre o mar morto e sobre a terra negra.
— Não! — disse Frodo; mas não fugiu. Os joelhos enfraqueceram, e ele caiu no chão. Nada aconteceu, e não houve nenhum ruído. Tremendo, Frodo olhou para cima, em tempo de ver uma figura alta e escura, como uma sombra contra as estrelas, se inclinando sobre ele. Pensou ter visto dois olhos, muito frios, embora iluminados por uma luz pálida, que parecia vir de alguma distância remota. Então alguma coisa o prendeu, mais forte e mais fria que ferro. O toque frio congelou seus ossos, e ele perdeu os sentidos.
Se você tiver a oportunidade de ler a trilogia, sinta-se um privilegiado. Um épico pra vida toda.
Três Anéis para os Reis-Élficos sob este céu,
Sete para os Senhores-Anões em seus rochosos corredores,
Nove para Homens Mortais, fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
Um Anel para a todos governar,
Um Anel para encontrá-los,
Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.