Is this the real life? .-.


domingo, 27 de setembro de 2009

Férias em Londres, que tal?

Por @ Ligiane em domingo, setembro 27, 2009 2 comentários alheios
Ahhh, Londres. Quem não gostaria de conhecê-la?
Costumo dizer que meu coração é 50 % britânico. Não que eu desdenhe a minha pátria, até porque tenho orgulho de dizer que os outros 50% do meu coração são 100% brasileiro (rs).
Enquanto crianças sonhamos conhecer outros lugares do mundo e se abusar pegamos carona no primeiro foguete que passar com destino a Lua. E eu alimento esses sonhos malucos até depois de grande.

Um tour pela capital inglesa com direito a um passeio ao estádio do Manchester United e de quebra uma passadela em Oxford e afins, seria incrível! Que tal pegar uma carona num daqueles ônibus vermelhos de dois andares ou em um metrô de Kings Cross St. Pancras, com uma pausa a cinco horas para saborear um chá feito a partir das mais nobres ervas, acompanhado pelos mais variados sanduíches, bolos, doces e torradinhas.? Retratar o pôr -do-sol que se faz entre o Parlamento e o tão monumental Big-Ben, sucedido pelas luzes urbanas da noite.

Tomar os ares europeus e fazer bolas de neve nos invernos que tornam os lares ingleses mais aconchegantes. Dirigir na contra-mão (rs) seria ótimo. Conhecer a Brodway londrina, palco dos maiores musicais da história e as Universidades nas quais são berço da educação dos grandes filósofos e cientistas que já existiram. Uma arquitetura impagável que marca a passagem do medieval à contemporaneidade.

Ahhhh como o ser humano é uma pluralidade cultural! Mesmo sonhando algum dia botar meus pés em território estrangeiro, ainda assim prefiro este país que me cerca, que apesar de ser destituído de certa moralidade, abriga a população mais acolhedora do mundo, que não recebe seus turistas a ferro e fogo, que não te confunde com terrorista e que na qual possui as mais belas paisagens pitorescas, musas dos grandes compositores e poetas.

É uma coisa simples, especial...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Olhar Fixo

Por @ Ligiane em terça-feira, setembro 15, 2009 0 comentários alheios
Vinha eu caminhando a passos brandos sobre as calçadas das ruas paralelas da cidade, apenas carregando um surrado exemplar de "Hamlet", um antigo relógio de bolso e um velho chapéu preto sobre minha cabeça, no qual resguardava-me dos intensos raios de sol.

Quão bom era sentir a brisa tocando minha face! Parecia que o mundo havia decretado um dia somente meu, e que no qual eu deveria valer como se fosse o último... Se eu morresse ali, naquele momento, eu morreria feliz.

Enfiei o livro sob meu braço, meti as mãos em meus bolsos costurados e continuei a prosseguir lentamente por aquelas vias que ainda guardavam os vestígios da agitação do dia-a-dia intenso. Era mais um daqueles domingos fastidiosos.

Parei atentamente frente a frente a um imenso outdoor que trazia uma chamativa mulher de cabelos rubros, estrela da propaganda de cosméticos. Li cuidadosamente cada palavra nele escrito. Tinha o enfadonho hábito rotineiro de ali passar a caminho de meu trabalho, mas nunca, nunca dei-me a notar aquele imenso quadro publicitário estampado diariamente sobre as pessoas que por aquela mesma calçada passavam.

Virei-me a prosseguir, tropecei num buraco inconveniente e desequilibrei-me fazendo com que meu corpo se contorcesse de uma forma estranha. Recuperei o equlíbrio, ajeitei o chapéu que permaneceu a um triz de cair de sobre minha cabeça, mas meu "Hamlet" foi ao chão. Curvei-me, alcei o livro, limpei-o de qualquer sujeira relativa a queda e voltei-o sob meu braço direito balbuciando algumas palavras pejorativas aos responsáveis por deixar permanecer aquele empecilho em via pública.

Permaneci andando auspiciosamente, poderia eu até contar os ladrilhos do chão. Talvez a agitação de todos os dias fizeste-me cego quanto às coisas ao meu redor. Nunca dei-me ao prazer de reparar a quão bela e magnífica paisagem que a praça em frente ao Café guardava. Três grandes Ipês adornavam-a com suas lindas flores amarelas.

Sentei-me no banco à sombra, despi-me do chapéu descansando-o ao meu lado e pondo meu "Hamlet" sobre ele.

Por um momento pensei ter ouvido alguém pronunciar meu nome, mas naquelas ruas mortas, nada havia além de mim e... eu mesmo.
Peguei meu livro e tornei-me a ler o capítulo que deixei pela metade, talvez aquela fosse a parte que se revelassem os segredos das personagens principais. Senti minhas vistas se cansarem, então pousei o livro novamente, aprumei-me largadamente no banco e fechei meus olhos. Pude sentir o aroma intenso que aquelas flores exalavam.

Mergulhei num êxtase momentâneo. Houve uma longa pausa.
Repentinamente, como se uma força maior tivesse me puxado, despertei, meti os olhos no relógio, recolhi meu livro e chapéu colocando-o sobre minha cabeça e parti sob uma incrível luz do luar, acompanhada por uma indescritível constelação.

"As estrelas que brilhavam lá, não brilham em nenhum outro lugar".

domingo, 13 de setembro de 2009

Memórias Invisíveis. Memórias, são só memórias...

Por @ Ligiane em domingo, setembro 13, 2009 0 comentários alheios

Uau! Como sempre, mais um domingo monótono.
Ruído distante de crianças brincando, passos lentos de pessoas andando na rua, o canto irrepreensível dos pássaros, o barulho do vento movimentando as folhas, um sol escaldante lá fora, carros pra lá, carros pra cá e um silêncio mortal dentro de casa, quebrado apenas pelo tilintar do meu teclado.
Um dia perfeito para se descançar, se esticar numa cama bem atraente, mas quem dera. Quem consegue se sossegar quando há uma força maior te puxando pra escrever algo. Aposenta-se a caneta e o papel e adota-se as postagens. Depois de uma maratona caseira de deveres de casa, qualquer um é merecedor de descanço e não sei o porque, mas tenho essa vontade desvairada de escrever. É bom quando se na sua cabeça as ideias tranbordam.
Toda noite, antes de dormir, ou até em plenas madrugadas, minha mente não me deixa dormir, é sério! Já virou rotina nesses momentos minha cabeça despejar pensamentos, ideias ou soluções para os problemas de amanhã. Pode parecer estranho ou loucura da minha parte, mas esse devaneio de memória acontece sempre. Há vezes que vou dormir quase ao amanhecer, culpa do meu momento psique de todas as noites.
Ontem, um sábado não muito desprovido das características deste domingo, parei para criar um nome para este humilde blog. Bom, procurei no dicionário, pedi até uma ajudinha para Brás Cubas, com permissão de Machado de Assis é claro! Sim, oras, se ele deixou suas obras, não enterrando-as consigo, é porque permitiu que as consultássemos. Fui lá, vasculhei algumas páginas de sua obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas", mas não encontrei nenhuma palavra ou expressão que fizesse juz ao meu interesse.
Até que uma luz clareou os meus pensamentos: tudo que acontece em nossa vida, passa a fazer parte da mesma. Uma simples pessoa desconhecida que lhe cumprimenta, você querendo ou não, já tem um espaço no seu diário. Então tudo que nos acontece, nos deixa uma pequena marca em nosso tocante: a memória. E é através dela que rimos ou choramos de tudo aquilo que a vida já nos proporcionou um dia, é um baú do passado.
Passado... essa palavra me lembra tudo aquilo que já foi, mas que permanece vivo dentro de cada um de nós. Quem não guarda dentro de si um pedacinho dos bons momentos? Aquilo se torna real pra quem sente, mas invisível pra quem está de fora e não participa.
Conclusão: "Memórias invisíveis", um nome perfeito para carregar a imagem deste blog, tudo que eu queria em apenas duas palavras.