sábado, 30 de janeiro de 2010
Leitura de férias
O Ladrão de Raios, da série Percy Jackson, foi o livro que abriu minha temporada de férias. E tudo o que tenho a dizer sobre esta obra, é que simplesmente adorei. É aquele tipo de livro que nos prende com facilidade, com uma linguagem mais próxima do simples e uma boa dose de aventura.
Como toda literatura que pende para o lado da fantasia, não tem como não se apaixonar. Esse é meu estilo literário favorito; é o que mais chama a atenção para o imaginário, daí você fica pensando: nossa, imagina tudo isso no filme!
Como toda boa série, tem uma continuação. Pretendo com certeza ler os outros três livros. Esse primeiro volume me deixou com um gostinho de quero mais; se não fosse os segredos a serem revelados, diria que poderia terminar nesse volume; e o mais legal de tudo é que é difícil, quase impossível, dizer que tal capítulo foi monótono, pois cada um deles guarda um acontecimento de tirar o fôlego.
Sempre tive a curiosidade de ler A Menina Que Roubava Livros, desde que o vi na lista dos mais vendidos da revista Veja. De uma escala de 0 a 10, eu daria nota 8,5. Explico: O início do livro é, confesso, chatinho; conta toda a tragetória de Lisel, a personagem principal e todo seu sofrimento durante a Alemanha nazista.
A história começa a alavancar depois de 100 páginas lidas, mais precisamente depois que Max Vandenburg adentra aos acontecimentos.
Algumas frases contém palavras de origem alemã (Saumensch), nas quais travam a leitura de quem a faz; o que é bem comum em livros que tratam de fatos relevantes de países diferentes do nosso.
É uma obra linda, emocionante, mais voltada para o drama. Embora seus lados negativos, eu gostei do livro e não me arrependo de tê-lo lido e super recomendo a todos que adoram conhecer o passado de nações estrangeiras sem precisar recorrer ao livro didático.
O Caçador de Pipas eu comprei por apego ao título. Bom, por vias de fato a primeira impressão que tive é que era uma historinha boba de garotos que empinavam pipas. Mas nunca julgue um livro pelo título.
Muito pelo contrário do que eu pensava, o enredo traz a história de dois garotos selados por uma grande amizade e por um grande segredo.
Por essa obra pude conhecer um pouco da cultura afegã e o poder das classes socias. Num país marcado pela guerra e dominado pelo Talibã, podemos acompanhar a trajetória da vida de Hassan e Amir, dois garotos diferentes por suas classes, mas não por seus genes.
Como toda história que envolve amizade, há muitos pontos previsíveis, mas nada que afete seu status de best-seller.
Uma leitura que nos aborda para pensar se nossas amizades realmente são verdadeiras ou se guardamos um caráter covarde capaz de abdicar um amigo pelos nossos próprios medos.
Você já deve, ou não, ter ouvido falar na série de canal fechado Gossip Girl, originada a partir dos 12 livros de Cecily Von Ziegezar.
Eu dei uma chance a série de livros e li o primeiro volume: Gossip Girl, as delícias da fofoca e tudo o que tenho a dizer é que simplesmente é melhor que a série; há pontos diferentes tanto nos personagens quanto na história.
É mais uma literatura adolescente, cheia de personagens problemáticos, ricos, da hight society e etc. etc.
Faz bastante sucesso nos Estados Unidos, é quase a vida do povoado teen daquele país. A série é cultuada por eles e nem vejo tanto motivo para isso; ou será porque as garotas se identificam com as histórias das garotas da Upper East Side? Bom, seja lá o que for, a única coisa que me prendeu a história, foi a curiosidade de descobrir a tal Gossip Girl, ou como diria a tradução para o português pobre: A Garota do Blog; e creio que terei de ler os 12 livros para descobrir, ou não.
Essa Gossip Girl não pode ser humana, ela detalha toda a vida dos personagens, coisas que só sendo invisível pra saber.
E que os blogs não virem modinha depois dessa história.
Acho os irmãos Baudelaire tão... lerdinhos; apesar disso é uma das minhas séries de livros preferidas.
Desventuras em Série, como o nome já diz, é uma série de treze livros, que conta a história de três irmãos órfãos, mais conhecidos como Baudelaire.
O primeiro volume, no qual foi o que tive a oportunidade de ler, teve adaptação para o cinema; difícil quem ainda não viu. O filme deixa a desejar, seria perfeito se tivesse sido dirigido por Tim Burton. A excentricidade dele faz falta em filmes do gênero.
É extranho ler o livro depois de ver o filme, o bom é que a indgnação pela falta de detalhes importantes é menos.
Recomendo a todos que gostam de acompanhar e sofrer com os personagens do início até o fim.
Fim Medonho, o primeiro livro da trilogia Eddie Dickens é totalmente estranho; e eu gosto disso. Quer uma história bizarra, aí está ela, leia a trilogia de Eddie Dickens.
Fica até difícil de explicar o enredo, porque para se ter uma ideia concreta da insanidade dos personagens, é só lendo.
Cheguei a ler parágrafos mais de uma vez para tentar entender se era aquilo mesmo que eu tinha lido; não é difícil ficar doido junto com os personagens.
Pobre Eddie Dickens, o protagonista da história.
Uma obra britânica, bem do jeito que eu gosto. Daria um filme interessante; outro prato cheio para Tim Burton. (Sim, eu sou fã do Burton)
A Cabana, outro best-seller do momento, é um livro especial.
Mackie, após a morte de sua filha, perde sua fé em Deus e após receber um bilhete misterioso, sua vida muda por completo.
Pensei que fosse um livro pra tentar converter adolescentes, muito pelo contrário; é uma história contada de uma forma simples, gostosa de se ler e feita especialmente pra quem tem fé.
Fica a Dica.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Minha escuridão
de minhas próprias loucuras.
a brisa fria,
assim como aquele que chora em silêncio.
de minhas miragens.
domingo, 10 de janeiro de 2010
Peraí, acho que já li isso em algum lugar. (parte 1)
Mas antes que vocês, fãs de uma ou outra dessas sagas, coloquem minha cabeça a prêmio num prato de prata, eu deixo bem claro que, se as semelhanças entre as duas obras não tivesse falado mais alto do que a minha vã consciência, eu jamais estaria postando sobre esse assunto. Sou fã de Harry Potter e aprendi a gostar de Percy Jackson desde que li o primeiro capítulo do primeiro volume (O Ladrão de Raios), mas agora serei imparcial e colocarei as equiparações em jogo.
E atenção, essa postagem contém spoilers e como, por enquanto, tive a oportunidade de ler apenas o primeiro livro da saga Percy Jackson, vou levar apenas esse volume em consideração.
Um prato cheio aos amantes da fantasia. Este primeiro volume da série guarda grandes surpresas aos adoradores de sagas marcantes.
Nesse livro é difícil deixar um capítulo para depois, cada um deles guarda um clímax incrível, é aventura do começo ao fim.
Percy Jackson e Os Olimpianos me devolveu a magia da inserção que só uma obra conseguira me oferecer: Harry Potter. A comparação entre as duas sagas é inevitável, ora, nas duas o personagem principal carrega uma grande responsabilidade.
Em Percy Jackson (O Ladrão de Raios), tentamos descobrir junto com o protagonista o paradeiro do objeto principal a ser encontrado. Criaturas misteriosas invadem o nosso mundo real imaginário.
Percy Jackson, versão filme, será dirigido por Chris Columbus, o mesmo diretor dois dois primeiros filmes de Harry Potter.
E aí vai o grande erro, ou jogada de marketing do filme: Grover negro, Annabeth morena, Percy bem mais velho do que deveria ser. Um escudo aparece no trailer do primeiro filme, isso é detalhe só do segundo, adicionaram logo no primeiro. Bom, quanto as idades, isso sim, foi uma grande sacada da produção, pois colocaram logo Logan Lerman como Percy, tudo para chamar a atenção das adolescentes, já que um garotinho de 12 anos não faria tanto sucesso; até porque durante a leitura, fica até difícil traçar o perfil do personagem, tantos perigos e aventuras para um garoto de apenas 12 anos. Quem não se lembra de todos chamando Daniel Radcliffe apenas de fofo, enquanto ele fazia Harry Potter e a Pedra Filosofal? Lá ele só tinha onze anos, isso foi o que deixou a imagem do filme como sendo direcionado apenas a crianças, o que não é verdade. Ok, Chris Columbus, se é pra provocar a histeria das garotas, bote um garoto mais velho.
A partir de fevereiro Percy Jackson sai do anonimato e os posers ganharão outro motivo para viver.
Confira o Trailer de Percy Jackson, que tem data de estreia marcada para mês que vem.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Fluido
Às vezes, deitado sobre o sofá, de pernas para o alto e olhos fechados, curtindo o ócio que uma vez por semana a vida lhe concedia, um fluxo de ideias lhe sobrevinha. Abria os olhos, sentia aquela vibe de criatividade momentânea surgindo. Sua mente adorava maquinar ideias, era como uma engrenagem movida a óleo, onde seus movimentos deslizam facilmente e não param até que seu operador determine.
Ia em direção a sua máquina de escrever, na qual fazia companhia ao lado de alguns papeis amassados, outros com frases pela metade ou rasgados pelo meio. Ali, ele deixava os dizeres fluirem através daquele papel em branco. Nem o tilintar das teclas quebravam o êxtase da criatividade, ora, textos inteiros surgiam perfeitos, sem ao menos exigir o máximo da mente daquele que os escrevia.
Mas às vezes um vácuo o tomava, felizes são aqueles que o vácuo nunca os pegou de surpresa ao final de um parágrafo. Ele parava, tomava um gole do café amargo, para espantar o sono que insistia em sua incoveniencia, tragava um cigarro - sempre havia um pousado sobre o cinzeiro - e soltava uma longa fumaça que formava uma cortina que movia-se lentamente em direção a janela que mantinha uma fresta, destinada aos raios de sol que iluminavam o ambiente. Onde fora parar o fluxo de ideias? Ora, tudo que começa tem um fim; e pensava novamente, quando de repente uma palavra pairava no ar, dessa palavra, nascia outra que se enlaçava a primeira; disso saia uma frase, dessa frase um parágrafo, uma história, um meio, um desfecho, um lindo final, um estranho final, um quastionável final.
Terminava, arracancava a folha da máquina, lia-o com cuidado, como um pai que observa seu filho recém nascido. Voltava a seu ócio, missão cumprida, longe da angústia derradeira daquele que sofre por não deixar transbordar suas ideias no papel.