Is this the real life? .-.


domingo, 23 de maio de 2010

O meu pior inimigo sou eu mesma.

Por @ Ligiane em domingo, maio 23, 2010

Esses dias eu estava lendo mais uma das postagens do Gabriel Leite, em seu blog Frenesi e tive um super choque de identificação.

Sim, eu me identifico muito com tudo o que ele escreve, por isso as minhas visitas ao blog dele são mais frequentes do que as minhas ao meu próprio blog, pois é.

Como Começa, foi o texto que mais me colocou a refletir, cada palavra, cada ideia nele contido, foi uma espécie de segredo revelado; incrível como tudo o que eu penso foi exposto através das palavras certas, da maneira que talvez eu não saberia explicar.

Se você não ler o texto, não vai entender o que quero dizer. E se ler, certamente irá pensar que escrever um livro é um querer mais que absurdo de minha parte (Veja, já estou tentando adivinhar seu pensamento, o que na verdade é apenas uma negativa perspectiva de mim mesma; ou seja, é o que na real eu penso).

Pode parecer utopia, ou drama queen, mas ultimamente está sendo muito difícil algo bom sair do projeto. Só quem já tentou sabe como é difícil construir um parágrafo de um livro. Já tive todo o enredo em mente, mas na hora de colocá-lo no papel (ou melhor, construí-lo no word), há um certo bloqueio, ou receio.

Receio do que as pessoas irão pensar, da crítica alheia. Porque eu mesma já critiquei muitos livros ruins, mas nunca experimentei levar correções e ajustes de pessoas que leram algo que criei. Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Pois então, ainda não tenho a coragem de expor uma história minha; e não estou falando desses supostos contos que escrevo. Digo algo maior e mais concreto, que pode levar anos de trabalho e muita, mas muita criatividade.

Tenho uma pasta com vários contos, e ninguém pode chegar perto. Eu publico aqui só os que eu tenho certeza do que estou fazendo, mesmo estando um lixo; pois quem está na chuva é pra se molhar.

"Não dá pra eu conduzir a descrição de um cenário enquanto a janela do msn pula aqui embaixo." Vê? É por isso que eu amo ler blogues alheios, esse pessoal consegue encontrar as palavras pra escrever tudo aquilo que eu também passo, que eu também vivo.

E além disso, não dá pra escrever se preocupando com o pensamento legal que eu poderia postar no Twitter, com os replies que eu recebi, atualizando aquela página de cinco em cinco minutos, ou produzir diálogos coerentes, de Headset, ouvindo Sum 41.

Tento me espelhar em J.K. Rowling, que, mesmo com a pressão dos fãs e sendo alvo pronto às críticas, publicou o último livro da série Harry Potter, magnífico e impecável. Mas para isso, preciso parar de subestimar minha capacidade, de enxergar somente o talento dos outros e de me sentir inferior diante das tantas coisas boas que o pessoal anônimo escreve por aí; só não sei se consigo.

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